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"Runa Kenaz"
RUNNAS NÓRDICAS
THE RELIGION OF ANCIENT SCANDINAVIA
A origem dos Godos.
RESENHA DO LINVRO MANTRAS, PALÁVRAS DO PODER.
NARCISO: A DINÂMICA DA PERSONALIDADE DE ECO
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MELISSA: PROJEÇÃO & UVAS...
Mulheres e Mágica nas Sagas |
quinta-feira, maio 25, 2006 |
Texto retirado do site: http://www.vikinganswerlady.com/ sob o nome de: Women and Magic in the Sagas. odinismobrasil
Tradução Hedra Babalon
I. Introdução
Os praticantes nórdicos das várias artes de magia eram profissionais altamente respeitados cujos serviços eram validados por suas comunidades (Jochens, Old Norse Magic and Gender, 307; Ellis-Davidson, 37). Na literatura nórdica, homens assim como mulheres aparecem lidando com as artes mágicas, de qualquer modo, isto é claramente dito em vários lugares os quais homens são pegos fazendo uma arte feminina totalmente perigosa para a sua reputação e masculinidade (Ynglingasaga, ch. 7, for instance). Deste modo a magia nórdica era intrinsecamente uma arte feminina, em toda parte deste ensaio eu distribuirei a magia como era praticada pelas mulheres, usando o pronome feminino, mas que seja lembrado que homens bem como as mulheres eram praticantes da arte como recordado nas sagas.
Muitos dos mais importantes cultos praticados na nórdica religião pagã ocorriam nas casas de mulheres casadas, onde a mulher da casa agia como sacerdotisa ou gyðja (Steffensen, 191). No tempo das antigas tribos germânicas, mulheres eram veneradas pelo povo nórdico como uma existência sagrada, imbuídas com poder mágico e com a especial habilidade para profecias, uma reverência a qual foi preservada na Escandinávia até o advento do Cristianismo. É por isso necessario quando examinando materiais, em geral a conduta das mulheres, e a maioria especialmente com mulheres envolvidas em práticas mágicas e pagãs, para cuidadosamente avaliar o efeito das atitudes cristãs mostradas pelo autor que registrou o material em questão. Em geral, causas cristãs, a maioria especialmente aquelas descrevendo a Conversão da Escandinávia, tem uma visão hostil da mágica e da religião pagã, rebaixando deuses para demônios, adoradores pagãos em malévolos feiticeiros, e aqueles que praticando num contexto pagão acabavam considerados profissionais dos mais perversos e maus feitos (Simpson, 165). Mais adiante um conto tornou-se diferente do tempo da era pagã, as maiores confusões e imperfeições foram arrastadas para dentro do conto. Este é especialmente demonstrado na confusão excedente dos conceitos de seiðr e spá, como será discutido adiante.
Era notável que mulheres magico-religiosas tinham afazeres sempre associados com seus cargos socialmente admitidos e definidos. Outrora as mulheres de magia e religião ponderavam suas obrigações domésticas, enquanto em outros tempos magia e religião são antíteses do cargo esperado da mulher socialmente, era um passatempo como uma saída para a raiva e frustração, mas eram os homens quem definiam o cargo da mulher em sua sociedade (Geertz, 126-141). Isso é igualmente verdadeiro para a magia no mundo das mulheres do norte. A mulher da era viking encontrou a magia no carretel e fuso (n.t. para fiar) dela, teciam encantos nos fios das roupas da família dela, e vingava ela mesma usando as poderosas habilidades de bruxaria.
II. Terminologia
A mágica como descrevia nas Sagas do Norte não era um simples ato: tinha o seiðr, spá (spae), galdr, e a mágica rúnica, e totalmente possível outras categorias de atos mágicos da qual a saga escreve que falta discutir, não dá pra entender exatamente como faziam a ocupação das mulheres, ou liberadas como simples supertição.
Seiðr
Destes termos, seiðr é o mais comum, assim como o mais difícil para definir. O termo seiðr é mais comumente traduzido como "witchcraft," e é usado para descrever ações associando com a mágica xamânica (assim como jornadas espirituais, curando magicamente removendo “espíritos projéteis” como tirar elfos do corpo, tratamento psiquiátrico mágico de forma a recuperar as porções perdidas da alma complexa, etc) para profetizar, canalizando os deuses ou as vozes dos deuses através de um representante humano, as artes mágicas imitavam o movimento do tempo (n.t.climático) ou de animais, assim como um extenso raio de ação de mágicas maléficas. O maior elemento característico do seiðr, todavia, via a mágica de um tipo a qual trabalhava associando mente com ilusão, loucura, esquecimento ou outras formas. A praticante de seiðr era conhecida como seið-kona (seið-wife) ou seið-man, mas estes termos tendem sugestionar um “mago-negro”, então freqüentemente uma seið-worker (n.t. operadora de Seidr) é chamada como spá-kona ou spae-wife para evitar manchar seu nome com uma conotação negativa de seiðr. Este “politicamente correto” título que a seið-worker usava resultava em muitas confusões dos tipos de magia nativa Escandinava, desde então as categorias entre seiðr e spá tornaram-se embaçadas depois de escritas. Seiðr daria o praticante o conhecimento do futuro, mas mais propriamente do que diretamente percebendo ørlög ou destino, como uma spá-kona ou völva faria, o praticante de seiðr chamavam espíritos para ter conhecimento do futuro. Outros termos para aqueles que praticavam seiðr incluía fjölkunnigr-kona, “esposa cheia de esperteza, mulher inteligente”, e hamhleypa, “hamingja saltadora, figura – ou pele – substituta” (Simpson, 183).
Seiðr era uma arte solitária, onde a seið-witch não era um membro de um coven, como encontrado em outras tradições européias, apesar de uma praticante seidr poder ter atendentes ou um coro para auxiliar na prática mágica dela. Em algumas raras ocasiões somente, as sagas reportam um grupo de praticantes de seiðr praticando juntos, ali estão usualmente com parentes (folk), assim como um par de irmãs, um pai e a família dela, e os amigos (Ellis-Davidson, 37-38).
Spá
O segundo tipo de mágica era conhecido como spá, ou num termo Escocês ou Inglês levemente arcaico, spae. Spá é mais freqüentemente referido como uma arte-spá ou arte-spae, e os praticantes de spá como spá-kona ou spae-wife. Spá é intrinsecamente a arte de determinação de ørlög, usualmente junto de intuição ou gnoses pessoais. Ørlög é literalmente “ur”, significado antigo ou primitivo, e "lög" é lei: ørlög é a lei de como os pensamentos devem ser, armazenado junto ao Wyrd ou destino junto das três Norns. As Norns, Urðr (“que olha o passado”), Verðandi (“que está olhando o presente”) e Skuld (“que possui o pergaminho onde está escrito o futuro”) são a personificação do Wyrd. De fato, as Norns são as prototípicas irmãs destinos que são encontradas em Macbeth, suas ferventes panelas borbulhando junto com o Bom Wyrd e a seið-kona é o caldeirão. Muitas das deusas exercem o spá: na Lokasenna, nos é contado que Frigga conhece todos os ørlögs, apesar de não lhes contar a ninguém; e que Gefjion conhece todos os ørlögs assim como Óðinn; e a Prose Edda diz que Sif a esposa de Thórr é da mesma forma uma spá-kona.
Um outro termo para as praticantes de spá é Völva, usualmente traduzido como “profetiza” ou “sybil” (?). Völva vem de uma raiz que significa “apoio de encantadores”, e por toda a literatura nórdica vemos profetizas e bruxas recrutando uma equipe feminina. O termo Völva foi antes encontrado nas tribos germânicas no nome ou titulo de uma mulher tribal qualquer. A Völva era uma figura especialmente honrada: Tacitus nos fala de uma profetiza chamada Veleda, que profetizou a vitória da tribo sobre os Romanos e viu uma revolta geral contra as legiões adequada para o sucesso:
Eles acreditam que reside na mulher um elemento de santidade e um dom natural de profecia; e então eles não deixam de pedir conselhos, ou ficam levemente indiferentes as suas respostas. No reino do imperador Vespasian nós vimos Veleda por muito tempo honrada por vários germânicos como uma divindade, e antes eles mostravam uma similar reverência por Aurinia e várias outras – reverência incorrupta com servil bajulação ou por qualquer pretensão de transformar mulheres em deusas.
-- Germânia, ch. 8
A völva aparece muitas vezes aparece no mito nórdico bem como Óðinn rotineiramente busca o conhecimento do futuro usando o poder dele sobre os mortos para interrogar uma völva na sepultura dela.
Galdr
Galdr significa literalmente meios “para cantar” e referi a canções mágicas que são cantadas com uma variação de notas. Galdr é usualmente associado com mágicas de encantamentos de homens. Quando ocasionalmente nós vemos uma mulher nórdica “cantar” o verbo é usualmente “falar”, indicando um salmodiar de preferência que uma canção.
Magia Rúnica
A magia das runas era largamente ocupação de homens, apesar de ser passível de algumas mulheres, no mínimo, conhecer algumas das runas. Certamente as sagas ilustram bruxa de seidr incisando runas em madeira para trabalhar um encanto.
Quando eles ancoraram na praia, ela mancou até o mar como se direcionada para localizar onde colocar um enorme pedaço de árvore como um homem poderia sustentar sobre os ombros dele. Ela olhou-os e jogou adiante dela; o outro lado estava como se tivesse sido queimado e pavimentado, então ela pegou uma faca, talhou runas lá, avermelhou com o sangue dela e murmurou alguns encantamentos ali. Depois ela caminhou de costas para o sol e falou muitas palavras poderosas. Então ela os fez puxar a arvore para dentro do mar, e disse que Drangey virá e que Grettir sofrerá com o ferimento.
--Grettis saga Ásmundarsonar, ch. 79
III. Fervente
A palavra seiðr é talvez derivada de duas raízes. A primeira derivação sugerida por Grimm, sugeri que seiðr está relacionada com a nossa palavra moderna “seethe” (ferver) e é derivada de rituais de fervura da água do mar para fazer sal (Grimm, III:1047). Os modernos estudiosos usando esta derivação identificando as irmãs bizarras de Macbeth como derivado das figuras nórdicas, “fervendo” encantamentos em seus caldeirões.
"Double, double toil and trouble;
Fire burn, and cauldron bubble."
-- Macbeth IV Sc. 1
“Duplo, duplo trabalhar e aborrecer;
Queime chama, e borbulhe o caldeirão.”
-- Macbeth IV Sc. 1
Aqui estão elementos na literatura escandinava que sustenta esta derivação. A primeira é descrita no Völuspá (A völva de spá):
21.Það man hún fólkvíg fyrst í heimi,
er Gullveigu geirum studdu
og í höll Hárs hana brenndu,
þrisvar brenndu, þrisvar borna,
oft, ósjaldan; þó hún enn lifir.
22.Heiði hana hétu hvar er til húsa kom,
völu velspáa, vitti hún ganda;
seið hún hvar er hún kunni, seið hún hugleikin,
æ var hún angan illrar brúðar.
(She remembers the war first in the world
when they riddled Gullveig with spears
and in the hall of Har they burned her
thrice they burned her, the thrice-born
often, time again but yet she lives.
They called her Heið in every house where she came
a völva skilled in spá she enchanted staves;
worked seiðr where she could, with seiðr played with minds,
she was ever the joy of evil women.)
(Ela lembra a primeira guerra no mundo
Quando eles furaram Gullveig com lanças
E no salão de Har eles a queimaram
Três vezes a queimaram , a três vezes nascida
Muitas vezes, novamente mas ela ainda vive
Eles chamaram-na Heið em cada casa aonde ela veio
Uma Völva assassinada no spá, ela enfeitiçada cantava
Trabalhou Seidr quando ela soube, com Seidr brincou com mentes,
Ela se alegrou sempre das mulheres más.)
Gullveig, a misteriosa seið-witch era freqüentemente identificada com Freyja a quem junto com os Vanir fora enviada para os Æsir, a Senhora do Seiðr. O nome literalmente significa “intoxicação de ouro”, e o tema de existência três vezes queimada ainda com vida novamente é considerado por alguns comentaristas para referir uma química ou um processo de alquimia. Gullveig é claramente declarada ser uma seið-worker, e assim o próprio personagem dela é associado com o conceito de “fervente” ou arte culinária, assim como arte de encantamento.
Völuspá também nos dirige para o nome Heiðr (heath, em português, mata), o qual é comum por toda a velha saga escandinava como um nome para bruxa, e o qual é relacionado com o termo “pagão” (heathen). Assim as profetizas na Germânia assim como Veleda, imaginamos que Heiðr originalmente tornou-se um título para um tipo específico de praticante de magia ou religião, e somente é usado como um nome apropriado depois que a introdução do cristianismo escureceu a memória da verdadeira situação do assunto. Um outro nome de bruxa comumente usado é Ljót (feio). A qual reflete a crença cristã de que são pessoas más ou prejudiciais, misturada com a crença que aquelas pessoas manifestavam sua natureza interior em sua aparência exterior. Huld ou Hulda (escondido, secreto) é também encontrado comumente como um nome de bruxa.
Em outros lugares nas sagas, vemos que um aspecto de seiðr envolve a feitura de venenos e poções, especialmente que causam esquecimento. Em Sörla þattr, Freyja disfarçada como uma mulher chamada Göndul, e um chifre cheio de bebida encantada o usou para causar esquecimento no Rei Héðinn, então ele esqueceu da amizade dele com o Rei Högni, resultando num grande massacre, aquele era o preço determinado por Óðinn pelo retorno do colar de Freyja, Brísingamen. (Sörla þattr, 133-134). Similarmente em Völsunga saga (ch. 28), Grímhild oferta a Sigurðr a bebida do esquecimento pra ele esquecer de Brynhildr, e Borghildr, esposa de Sigmundr, encoraja o filho adotivo Sinfjotli para beber a bebida envenenada no chifre festivo (ch. 10). O seiðr do esquecimento é típico da arte, a qual parece a base para agir sobre a mente da vítima.
IV. A Mente, Percepções e Seiðr
O uso de seiðr para afetar a mente, com esquecimento, desilusão, ilusão, ou medo, um imprevisto mental ou até um desmaio físico é marca desse tipo de mágica. Este é chamado de sjónhverfing, a bruxa ilude ou “ludibria a visão” enquanto afeta a mente de outros, então eles não podem ter pensamentos como os tem normalmente (Jochens, Old Norse Magic and Gender, 313). A função de seiðr como mágica ilusória é bem documentada nas sagas, especialmente para esconder uma pessoa do perseguidor dele. Parte deste poder é empregado para hipnose, para a seið-witch retirar a energia e a percepção dela, e o efeito se esvaí quando a vitima sai da presença da praticante de seiðr.
Eyrbyggja saga (ch. 20) usa este tema. Uma mulher chamada Katla, experiente em seiðr, desejando salvar o irmão dela Odd de um bando de homens que queriam matar ele. Quando os homens aproximaram da casa, Katla disse a Odd para se sentar perto dela sem se mexer, até que ela sentou-se tecendo. Arnkell e seus homens encontraram a casa, mas não viram nada ao lado de Katla além de seu fuso (para fiar). Eles retornaram um tempo depois, encontrando Katla na varanda ela estava penteando o cabelo de Odd, mas eles viram que ela estava tratando do bode dela. Na terceira vez Odd estava deitado num amontoado de freixos, e eles pensaram que era o porco do mato de Katla dormindo ali. Toda a vez que deixavam a casa eles percebiam que era um truque aplicado neles, ou ‘uma pele de cabra abanada sobre nossas cabeças’, como Arnkell propunha, tanto que Katla não usou o mesmo encanto (ilusão) duas vezes. Finalmente Geirríðr, uma outra mulher experiente em seiðr e uma amarga inimiga de Katla veio com os homens para ajudar eles a cortar a ilusão. Quando Katla viu a rival seið-kona de capa azul pela janela, ela sabia que sjónhverfing ou ilusão não adiantaria ser usada. Ela escondeu Odd dentro do balcão, mas Geirríðr jogou uma bolsa de pele de foca sobre a cabeça de Katla, negando a capacidade dela jogar encantamentos, e juntos Odd e Katla foram pegos e mortos.
Uma porção essencial desta técnica tem envolvido um encantamento de cobrir com pele de cabra a cabeça da vítima (Reykdoela saga, ch. 14), ou cobrir a cabeça da própria bruxa (Njáls saga, ch. 12). Uma mágica aproximada era a técnica mágica chamada de huliðshjálmr, o capacete de esconderijo ou invisibilidade. O método para convocar o huliðshjálmr variava, colocando a mão no topo da cabeça da pessoa para esconde-la, jogando um pó mágico sobre eles ou outros meios. (Ellis-Davidson, 21-24). Numa outra instancia, a especial capa usada pela bruxa de seiðr era usada para fazer uma outra pessoa invisível até curar ela.
O “mau olhado” era associado com seiðr, e aquela era uma técnica bem conhecida para colocar uma bolsa de pele ou saco de couro sobre a cabeça de uma bruxa para prevenir um encantamento ou amaldiçoado dela quando capturada De vez em quando era encontrada uma praticante de seiðr encurvada e olhando direto para sua perna, muitas vezes enquanto segurava os lóbulos das orelhas em preparação para lançar alguns encantamentos, ou para quebrar um encantamento, para embotar espadas, tornando baixa a parte superior da terra ou para pedir um auxílio mágico (i.e aos deuses?):
“Que diabo está vindo em nossa direção?” grita Högni. ‘Eu não posso a tirar’ ‘Ela é uma velha Ljót sobre o caminho dela,’ Þórsteinn responde, ‘e que numa confusão está”. Ela jogou a roupa sobre a cabeça dela e estava caminhando a montante, e empurrava a cabeça entre as pernas dela; o olhar dela era feio como o inferno, ela era parecida com um troll (quando) os olhou. -- Vatnsdoela saga, ch. 26.
Seiðr pode também era usado para causar impotência em homens: alguns comentaristas vêem a ação da Heiðr em "vitti hún ganda” dirigindo um encantamento num falo, supõe que ganda, geralmente uma “varinha mágica” é um reconhecimento quanto ao pênis. (Jochens, Völuspá, 353 n. 21). Baseada no mistério da “chave” anglo-saxão, o qual usa entendre (?) em pares para unir a chave a qual abre uma fechadura, para o falo penetrar uma fêmea, assim como o simbólico enfeite “presilha de espartilho” tipos de chaves encontradas em túmulos de mulheres, Meaney acredita que as chaves usadas nas cinturas das donas de casa nórdicas não estão somente relativa ao cargo, mas também a mágica, simbolizando as propriedades de uma mulher sábia e a virilidade do marido dela, assim como é dona da propriedade do marido dela (Meaney, 181). Certamente uma mulher de chaves seria útil num encantamento seiðr contando sob mágica simpática. A Rainha Gunnhildr da Noruega, conhecida na literatura nórdica como uma seið-witch, zangou-se quando seu desejado Hrútr retornou para sua casa na Islândia para os braços de uma outra mulher e usou seiðr para castigar ele.
‘Eu desejo dar para você este bracelete de ouro,’ ela disse quando eles estavam sozinhos, e abraçada pelos braços dele. “Você tem me dado muitos bons presentes” disse Hrútr. Ela colocou seus braços ao redor da nuca dele e o beijou, e disse: ‘Se eu tenho tanto poder sobre você como penso ter, o encantamento eu agora lanço, você sempre evitará gozar a mulher na Islândia para quem você entrega seu coração. De outras mulheres você talvez terá seus desejos, mas nunca dela. E agora você deve sofrer assim como eu, desde que você não me teve com verdade.’
O encantamento de Gunnhildr, simbolizado por um anel ou bracelete dado a Hrútr, agiu como intento, para que ele e Unn nunca fossem capazes de consumar o amor deles apesar de Hrútr pudesse ter relacionamentos normais com outras mulheres, ele encontrando Unn não pode fisicamente penetrar ela, existindo também a liberdade dela (viver) sozinha (Njáls saga, ch. 6 and 7). Este encantamento provavelmente operado via a magia simpática, transmitida junto com o bracelete.
V. Seiðr Xamânico
A Segunda possível derivação da palavra seiðr vem da raiz da palavra “seat” (assento) ou “sitting” (conferência), pode ser relacionada para o francês séance, Latim sedere, e Velho Inglês sittan (Gloseki, 97).Esta derivação parece um pouco mais provável, desde que sabemos que a praticante de seiðr muitas vezes está sentada sobre o seið-hjallr, o alto assento ou armação onde a seið-praticante sobe (senta na alta plataforma) para praticar a arte dela. A melhor descrição é encontrada na Eiríks saga rauða (ch. 4):
Í þenna tíma var hallæri mikit á Groenlandi; höfðu menn fengit lítit, þeir sem í veiði-ferð höfðu verit, en sumir eigi aptr komnir. Sú kona var í bygð, er Þorbiörg hét; hon var spá-kona; hon var kölluð lítil-völua. Hon hafði átt sér níu systr, ok váru allar spá-konur, ok var hon ein eptir á lífi. Þat var háttr Þorbiargar á vetrum, at hon fór á veizlur, ok buðu menn henni heim, mest var þeir er forvitni var á um forlg sín eða árferð...Þorkell býðr spákonnu þangat, ok er henni búit góð viðtaka, sem siðr var til, þá er við þess háttar konum skyldi taka. Búit var henni hásæti ok lagt undir hana hoegindi; þar skylldi í vera hoensa-fiðri. En er hon kom um kueldit ok sá maðr, er ímóti henni var sendr, þá var hon suá búin, at hon hafði yfir sér tuglamöttul blán, ok var settr steinum alt í skaut ofan; hon hafði á hálsi sér gler-tölur. Hon hafði á höfði lambskinns-kofra suartan ok við innan kattarskinn huítt; Staf hafði hon í hendi, ok var á knappr; hann var búinn messingu ok settr steinum ofan um knappinn; hon hafði um sik hniósku-linda, ok var á skióðu-pungr mikill; varðveitti hon þar í taufr, þau er hon þurfti til fróðleiks at hafa. Hon hafði kálfskinns-skúa loðna á fótum ok í þuengi langa, ok sterkliga; látuns knappar miklir á endinum. Hon hafði á höndum sér kattskinns-glófa, ok váru huítir innan ok loðnir. En er kom inn, þótti öllum mönnum skylt at velia henni soemiligar kueðiur; en hon tók þuí eptir sem henni váru menn skapfeldir til. Tok Þorkell bóndi í hönd vísenda-konunni, ok leiddi hana til þess sætis, henni var búit. Þorkell bað hana þá renna þar augum yfir hiörð ok hiú ok hýbýli; hon var fámálug um allt. Borð váru upp tekin kueldit, ok er frá þuí at segia, at spákonunni var matbúit. Henni var gerr grautr af kiðiamiólk, en til matar henni váru búin hiörtu ór allskonar kuikendum, þeim er þar váru til. Hon hafði messingar-spón ok kníf tann-skeptan, tuíhólkaðan af eiri, ok var af brotinn oddrinn. En er borð váru upp tekin, gengr Þorkell bóndi fyrir Þorbiörgu ok spyrr, huersu henni virðiz þar hýbýli eða hættir manna, eða huersu fliótliga hann mun þess viss verða, er hann hefir spurt eptir ok menn vildu vita. Hon kueðz þat ekki mundu upp bera fyrr enn um morguinn, þá er hon hefði sofit þar um nóttina. En eptir at áliðnum degi, var henni vettr sá umbúingr, sem hon skyldi til at fremia seiðinn. Bað hon fá sér konur þær, sem kynni froeði þat, er þyrfti til seiðinn at fremia ok ok Varðlokkur heita. Enn þær konur funduz eigi. Þá var at leitat at um boeinn, ef nökkur kynni. Þá suarar Guðríðr: huárki em filkunnig né vísenda-kona, en þó kendi Halldís, fóstra mín, mér á Íslandi þat fræði, er hon kallaði Varðlokkur. Þorbiörg suaraði: þá ertu fróðari enn ek ætlaði. Guðríðr segir: þetta er þesskonar froeði ok atferli, at ek ætla í öngum atbeina at vera, þuíat ek em kona kristin. Þorbiörg suarar: suá mætti verða, at þu yrðir mönnum at liði her um, enn þú værir þa kona ekki at verri en við Þorkel met ek at fá þá hluti her til, er þarf. Þorkell herðir nú at Guðríði, enn hon kueðz mundu gera, sem hann vildi. Slógu þá konur hring umhuerfis, en Þorbiörg uppi á seiðhiallinum. Kuað Guðríðr þá kuæðit suá fagrt ok vel, at engi þóttiz fyrr heyrt hafa með fegri raust kueðit, sá er þar var. spákona þakkar henni kuæðit ok kuað margar þær náttúrur hingat at hafa sótt ok þótti fagrt at heyra þat er kueðit var er áðr vildi frá oss snúaz ok oss öngua hlýðni veita; en mér eru nú margir þeir hlutir auðsýnir, er áðr var bæði ek ok aðrir dulðir.
(Naquele tempo havia uma má estação em Greenland: aqueles que iriam caçar recebiam poucas caças, e alguns nunca voltaram. Ali residia uma mulher chamada Þórbjörg, ela era uma spae-wife e era chamada de Pequena Völva. Ela tinha nove irmãs, e todas eram spae-wives, mas ela vivia sozinha. Þórbjörg tinha o costume de ir aos banquetes no inverno, e muitos homens que estavam interessados de conhecer seus futuros ou esperanças de colheitas a convidavam para suas casas, entre aqueles Þórkell era um grande lavrador, que desejava saber o que estava pra vir pra ele, como já estava oprimido pela ruim colheita a qual deveria findar. Þórkell convidou a spae-wife para a casa dele, e ela foi bem recebida ali, assim como de costume teria que recepcionar esta mulher do modo como era do hábito dela. O alto-assento foi preparado para ela e um travesseiro colocado embaixo dela; que estava recheado com penas de galinhas. Ela veio ao anoitecer com o homem que tinha sido enviado para encontrar com ela, ela estava vestida com um manto azul preso com faixas e pedras estavam todas fixadas nas ondulações do manto, sobre a nuca dela tinha contas de vidro, uma capa preta de pele de carneiro sobre sua cabeça com pele de gato branca por dentro; e ela tinha uma bengala na mão dela com um castão; era feito de latão e pedras fixadas no castão; ela tinha um cinto de uma pequena quantidade de selva(?), e uma bolsa de pele presa a ele, e ali ela guardava seus talismãs (taufr), os quais eram necessários para receber conhecimento. Ela cobria seus pés com couro de bezerro presos com longas tiras e grandes botões sobre a extremidade daqueles. Vestia luvas de pele de gato, e elas eram brancas com os pêlos voltados pra dentro. Quando ela vinha, todos eram obrigados falar palavras convenientes, as quais ela respondia conforme a opinião dela para cada pessoa. O lavrador Þórkell pegou a mão dela e a conduziu ao assento preparado pra ela. Ele pediu para ela lançar o olhar dela sobre o rebanho dele, também sobre a casa e o povo dele; ela tinha pouco para dizer sobre tudo. A mesa estava posta ao anoitecer, e era dito que estava preparada a refeição da spae-wife. Mingau foi feito pra ela com leite de cabrito, e uma vasilha preparada com os corações de todas as criaturas possíveis. Ela tinha uma colher de latão e uma faca feita de morsa de marfim equipada com duas argolas de bronze, e a extremidade estava quebrada. Quando a mesa foi retirada, o lavrador Þórkell novamente aproximou-se de Þórbjörg, e perguntou se ela havia gostado da família dele e do comportamento das pessoas ali, e se logo ela saberia a resposta para a questão dele a qual todos queriam saber. Ela respondeu que ela não teria nenhuma resposta pra dar até a manhã seguinte, assim que ela descansasse ali toda a noite primeiro. No dia seguinte, no pôr-do-sol, ela fez as preparações as quais eram necessárias para executar o seiðr. Ela também perguntou para aqueles homens quem conhecia a sabedoria (cantar) a qual era necessária para seiðr e que era chamada de Varðlokur ou Música do Mago. Mas aqueles homens não encontraram. Então o povo residente ali estava perguntando se alguém conhecia. Então Guðríðr disse, ‘Eu não sou nenhuma experiente nem uma spae-wife, mas Halldís minha mãe adotiva, me ensinou o canto na Islândia o qual ela chama de Varðlokur.' Þórbjörg disse, ‘Então seu conhecimento existe na hora certa!’ Guðríðr responde, ‘Este é o tipo de conhecimento e conduta que eu não tenho nenhuma vontade de fazer, eu sou uma mulher cristã.’ Þórbjörg disse, ‘Ele talvez possa ser feito bem e você poderia ser de grande ajuda para os outros sobre isso, e não será nenhuma mulher ruim por causa disso. Mas eu autorizar para Þórkell fornecer qualquer coisa requerida por você.’ Então Þórkell pressionou Guðríðr, e ela consentiu a fazer como ele desejava. As mulheres fizeram um círculo em volta do assento, e Þórbjörg sentou-se. Então Guðríðr recitou o canto belamente e tão bem, que parecia que ninguém nunca havia ouvido alguém cantar as com uma voz bonita como aquela ali antes. A spae-wife ficou agradecida pelo recital e disse que muitas das energias estavam satisfeitas e as visões foram claras por ouvir o canto tão bem recitado... ‘E agora muitos daqueles pensamentos mostraram para mim os quais eu não via antes, e muitos outros’.)
O processo aqui, apesar de engrenar profetizando, transmitindo o que virá, é seiðr, não spá-craft: a profetiza é chamada de völva porque ela faz profecia mas ela não interage diretamente com os fios do Wyrd ou os determina com intuição ou previsão pelo interior dela. De preferência, a spae-wife necessita ter a assistência de espíritos, reunido com cantos especiais, com quem ela conversa no topo da armação. Usado desta maneira, o seiðr tem muita semelhança com a religião xamânica de Saami e a vários povos siberianos. O xamã altaico utiliza um pólo de vidoeiro esculpida com nove degraus sob os quais eles entram em seus transes (Eliade, 191). Isso é interessante notar que em Völuspá 2, a Völva também sobe três ou nove degraus (Buchholz, 14):
2.Eg man jötna ár um borna,
þá er forðum mig fædda höfðu.
Níu man eg heima, níu í viði,
mjötvið mæran fyr mold neðan.
(I call to mind the kin of jotuns
which long ago did give me life
Nine worlds I know the nine steps
of the famous measure-tree the ground beneath.)
(Eu chamo para a mente o parente de jotuns
Os quais há muito tempo tem me dado vida
Nove mundos eu conheço os nove degraus
Da conhecida árvore da lei, abaixo do fundamento)
A Völva, assim como o xamã, possui um especial costume de fazer vestimentas e ornamentos com pele de animais. Isso é possivelmente significante para o capuz e luvas estando sinalizando com pêlos de gatos, sagrado para Freyja, ela própria à deusa do trabalho de seiðr. A capa a qual a Völva veste é azul é a cor associada com a morte na literatura nórdica, Hel, e o reino dos mortos. Um tema persistente nas Eddas e sagas envolve a aquisição de sabedoria com os mortos. Um outro elemento especial é o travesseiro recheado com penas de galinhas sob o qual a spae-wife se senta: o travesseiro de penas provavelmente cujo objetivo era dar para a praticante do seiðr o poder para penetrar outros mundos num vôo, muito parecido com as penas de falcão que Freyja vestia, ou talvez somente predizendo o alto respeito as quais eram tidas as profetizas.
Enquanto um Saami ou um xamã siberiano contariam com as batidas de tambores para alcançar o transe extático, a völva requer um tipo especial de canto, o Varðlokur. Nenhuma palavra foi preservada deste canto, mas talvez o Varðlokur poderia ter sido usado pela mãe adotiva de Guðríðr como uma canção de ninar, parece provável que o canto era repetitivo e de natureza tranqüilizante. Apesar de não aparecer na Eiríks saga, ali estão algumas sugestões sobre outras origens que grupos de Völvas tinham usado bater sobre o assoalho no seiðhjallr ritmicamente como um tambor, na Lokasenna Loki acusa Óðinn:
þic síða kóðo Sámseyo í
ok draptu á vétt sem völor
(you practiced seiðr on Samsey,
and you beat on a vétt as völvas do)
---Lokasenna 24
(Você pratica seiðr no Samsey
E você bate num vétt como as völvas fazem).
Comentaristas como Strömbäck notaram muito bem as similaridades entre a religião Saami e a prática de seiðr. De fato, uma significante porção das explicações de seiðr na literatura nórdica reconta que a arte é ou aprendida ou praticada por bruxos finlandeses, os quais no velho nórdico significa xamânicos Lappish (n.t. idioma falado no norte da escandinava) (Saami). O poder atribuído ao bruxo finlandês nas sagas, na verdade Saami (Lapps) são os mesmos atribuídos as seið-konas em muitos casos. A Finnar diz para mudar figuras dentro de uma variedade de animais, muitas vezes mamíferos marítimos ou pássaros, em ordem para fazer jornadas espirituais por outras terras para buscar informações (Vatnsdoela saga, ch. 29). Muitas vezes a arte mágica do Finnar dissera incluir arqueiros mágicos, inclusive seres incapacitados de errar o alvo, seres capacitados para atirar três flechas simultaneamente, flechas mágicas que voam da corda do arco de seus próprios consentimentos e acertando seja o que for que estão mirando. Estas histórias todas aparecem conectadas com a fé nos elfos coloridos, comumente no folclore europeu, onde os elfos ou outra influência sobrenatural dizem atirar “totalmente entornar” flechas para danificar animais ou pessoas: na Escandinávia, o termo era finnskot ou lappskot, uma crença a qual permanece muito tempo depois da Era Viking, fazendo os cristãos da Escandinávia rezar por Nordenvind og Finskud bevar os milde Herre Gud (Livrar-nos bem Do Vento Que Vem do Norte e dos Finn-Coloridos, Senhor Deus).
De acordo com o conto de Snorri Sturluson em Ynglingasaga, seiðr era uma arte dos Vanir, originalmente usada entre os deuses e ensinada para eles por Freyja, primeiro na aparência dela como Gullveig, e depois para a própria pessoa de Óðinn:
Óðinn tem o dom o qual o deu grande poder e o qual ele pratica a si mesmo. É chamado seiðr, e com meios dele saber o ørlög de homens e predizer eventos que ainda não aconteceram, e com isso impõe maldição sobre homens, ou desperdício de alma (hamingja) ou preveni saúde, ou também toma inteligência ou energia de alguns homens, e as dá para outros. Mas esta bruxaria está presente no mesmo “ergi” que homens másculos consideraram impróprio praticar e então era ensinado para sacerdotisas.
-- Ynglingasaga, ch 7
Seiðr era mágica de mulheres, primeiro e principal, então muitos que aprenderam a arte de Seiðr causando um homem ser respeitado como argi (a forma adjetiva de ergi): desejoso ou inclinado para representar a parte feminina numa relação sexual com outro homem, fraco, efeminado e covardemente. (Para mais informações sobre a derivação deste termos e conseqüências sócias destes termos, veja o artigo no Viking Answer Lady sobre Homosexuality in the Viking Age.) Não está certo porque a prática de seiðr carregava deste modo uma forte condenação da masculinidade com ela. Era especulado que Seiðr era considerado fraco porque permitia um homem fulminar os inimigos com mágica e veneno, ou talvez por estar presente no Seiðr alguns ritos sexuais os quais o seiðr-worker receberia cuidados sexuais. É mais provável que o praticante de Seiðr em tempos submetia-se a possessões de espíritos ou até possessões de deuses, como acontece em voudoun. Era permitido alguns seres “montar”, e deixar outros espíritos ou entidades controlar o corpo, um total controle e tornava-se passivo, a antítese da ética esperada por masculinidade.
Em adição o uso do seiðhjallr para executar seiðr, algumas técnicas mágicas eram perfeitas para o praticante se retirar para uma localização isolada e cobrir a ela mesma com uma capa, manto, pele de animal, ou cobertor, na solidão na qual ela meditava e murmurava encantamentos dela enquanto o corpo da praticante estendia-se como de qualquer forma adormecido ou morto. Durante este processo era importante que ninguém falasse com a praticante, a maioria especialmente não diria o nome da praticante, de outra maneira interromperia o trabalho, possivelmente com perigosas conseqüências. Em muitos casos, o transe entrado nestas maneiras era anunciado junto com um gigantesco e anormal bocejar, e o fim do transe anunciava-se da mesma maneira, sugerindo ao praticante consciente ou alma, ou hamingja, estava saindo e retornando os pensamentos do mesmo modo (Buchholtz, 12). Esta técnica de trabalho “sob manto” era mais praticada por homens do que por mulheres, e parece ser a parte da arte de þulr e do skald, usado para buscar em outros mundos verdades escondidas, prevendo o futuro, criando mensageiros para atacar outros ou buscando informação distante para médicos, e muitas vezes lançando encantamentos os quais causavam eventos físicos no mundo real tal como deslizamento de terras. O principal lugar efetivo para estas técnicas “sob manto” era no topo de uma carroça ou túmulo, presumidamente em regra para o praticante receber a sabedoria dos mortos, uma prática reconhecida como utiseta “incubação fora” ou sitja á haugi “sentar sobre uma carroça”. Sempre havia perigo em utiseta, uma pessoa que poderia de forma ousada ser atacada pela haugbui ou cadáver que ficava muito tempo na carroça ou que podia ser encontrado por insanos na manhã seguinte (Aðalsteinsson, 110-122). (Para maiores informações sobre fantasmas nórdicos ou crenças em fantasmas, veja o artigo no Viking Answer Lady sobre Norse Ghosts.)
Outro aspecto xamânico do seiðr era a habilidade para uma ou outra mudança de figura ou para projetar um espírito dentro de um animal, muitas vezes um mamífero marítimo assim como uma vaca-marinha, baleia, ou foca, se um animal terrestre, este muitas vezes eram animais associados com Freyja, como um gato, porco do mato ou falcão. Este é designado gand-reið, “a gand cavalgada”. O termo gand para si mesmo “cantar, feitiçaria, encantamento” sem dúvidas os meios usados para fornecer energia a reið. A cavalgada de cabo de vassoura, fusos, ou lobos é também incluída na arte de gand-reið (Cleasby-Vigfusson, s.v. gandr). Em Kormáks saga (ch. 18), a seið-witch Þórveig de gand-reið aparece como uma vaca-marinha.
Os dois irmãos tinham deixado o ancadouro, quando terminara ao lado de seu navio, subiu uma vaca-marinha. Kormák lançou uma trave de metal, a qual golpeou a besta, que afundou novamente: mas os homens abordo pensaram que eles sabiam dos olhos para os olhos de Þórveig a bruxa. Aquela vaca-marinha não viria mais, mas de Þórveig era ouvido que ela estava doente pôr morrer; e de fato o povo dizia que este era o fim dela.
Isso é aparentemente um espírito mensageiro, o corpo de Þórveig permanecia sobre a praia, e ela castigava quando ferimentos eram feitos no mensageiro do mar. Este desvio de figura está intrinsecamente conectado para o trabalho de seiðr em Friðþjófs saga (ch. 5-8), quando as seið-witches praticam seus “desvios de figuras” mensageiras no topo do seiðhjallr:
Então eles mandaram duas mulheres experientes em magia, Heiðr e Hamglama, e pagaram elas para mandarem uma tempestade sobre Friðþjóf e todos os homens dele se perderam no mar. Então elas praticando sua magia, usaram o seiðhjallr com charme e bruxaria... Então Friðþjóf e seus homens encontraram aquele navio em grande velocidade, mas eles sabiam para onde tinham de ir, então uma grande escuridão terrível pousou sobre eles, obscurecendo não os deixando ver a direção com o salpicar e tempestade, geada e monte de neve e amargo frio. Então Friðþjóf escalou no mastro, e lá em cima disse para seus companheiros, “Eu vejo uma aparência maravilhosa. Um grande círculo de baleias (ao redor) do navio, e eu suspeito que nós estamos próximos de alguma terra, e ele não nos deixa chegar a terra. Creio que o Rei Helgi não nos quer com um modo amigável: esta não é uma mensagem amável que ele nos manda. Eu vejo duas mulheres sobre as baleias, e elas exercem esta tempestade hostil da pior forma com seus encantamentos e mágicas.
Friðþjóf e seu bando bateram nas mulheres, e elas desapareceram, as baleias submergiram, e a tempestade se dissipou. Mas, voltando pra praia viram que “Enquanto as duas irmãs estiveram lançando seus encantamentos eles caíram no seiðhjallr, e ambos foram arruinados”.
A habilidade da seið-worker para enviar adiante seu espírito em forma animal poderia ser para um bom uso assim como prejudicial, muitas vezes a forma animal é emitida para localidades distantes para observar certos itens, um trajeto de viagem de um navio, encontrar informações a respeito de alguns inimigos, ou para proteger uma pessoa ou casa (Ellis-Davidson, 29).
O conceito de “sair adiante” em forma animal é exatamente paralelo com os Saami e as práticas xamânicas siberianas. Gand-reið poderia também incluir “viagens” por meio de sonhos, velha cavalgada ou ataques psíquicos, assim como mostrado nas ocorrências da magia xamânica:
O “passeio” mara humano e animal, ás vezes monta, também. Qualquer um pode ser importunado pelo Mara, homens talvez mais freqüentemente que mulheres, de qualquer modo. O risco é especialmente grande se uma pessoa deita-se nas costas de outra. A Mara usualmente penetra através do buraco da chave, através de um furo no nó, uma fresta na janela do bar, ou desce pela chaminé. É provável, como uma coisa de fato, penetra através de qualquer espécie de furo circular, mas se o furo é de uma forma diferente, ele não pode tomar este caminho. Assim, rachaduras da janela não parece ter constituído algum obstáculo. O Mara poderia ser ouvido quando chegava. Havia um clicar na fechadura, havia um sapateado atravessando o chão, havia um som como se um ser leve tivesse puxado a borda. Algumas vezes um ‘sshh, sshh," ou algo parecido indefinido, sons fracos podem ser imaginados. Mas, de qualquer modo um ser vivo estava ali e não estaria mais depois de um tempo, este era o aviso antes do Mara agredir você. É sentido como que se um grande peso estivesse sobre você, freqüentemente como enrolando numa pessoa partindo de seus pés. Vezes parecido como se alguém tentasse enfiar algo na boca e nariz, algumas vezes como se um ser espremesse com força e era completamente impossível fazer um pequeno movimento. Uma pessoa que era “atacada pela cavalgada” tornava-se angustiada, ele suspiraria, lutaria violentamente, mas apesar disso não poderia mover um membro, e por ultimo despertaria com severa palpitação, molhado de suor (Tillhagen, 318).
O mara pode ter várias formas, poderia aparecer como uma velha, uma sombra, um cavalo, um gato ou outro animal. O ataque do pesadelo ou mara é reportado em todas as culturas do mundo, e parece ser relatado por crianças em terror noturno e em adultos em estado entre despertar e sonho. Na cultura viking, todavia, o mara era um ataque poderoso e de intenção maléfica feita pela seið-witch, como é visto no julgamento da morte de Vanlandi:
Então Drífa enviou para Huld, a seið-kona, e enviou Vísbur, o filho dela por Vanlandi, para Suécia. Drífa venceu Huld pela magia que ela conjurou Vanlandi voltar para a Finlândia ou o assassinaria. Neste tempo quando ela executava seu seiðr, Vanlandi estava em Upsala. Então ele ansioso desejou retornar para Finlândia; mas os amigos dele e conselheiros o preparam, dizendo que provavelmente estava a magia dos Finns causando a saudade dele. Então uma sonolência caiu sobre ele e ele caiu adormecido. Mas ele mal caiu no sono quando ele foi chamado, dizendo que mara o montou. Os homens dele avançaram sobre ele tentando ajudar. Mas quando eles pegaram sua cabeça o mara pisou sobre as pernas dele então elas quase quebraram; e quando eles apreenderam o pé dele ele pressionou sobre sua cabeça e ele morreu.
-- Ynglingasaga, ch. 13
É dito em vários lugares nas sagas que vários praticantes de Seidr tem aprendido sua arte com os magos Saami ou xamãs. Isso não é surpresa, então, assim como os Finlandeses ou Saami, a seið-witch muitas vezes aprendeu encantamentos para desatar os ventos, domar tempestades, enviar neve sobre os inimigos dela e estimular a fúria do oceano. Uma ocorrência na Friðþjófs Saga já foi discutido anteriormente. Assim como o episódio na Friðþjófs saga trabalhos tempestuosos nas sagas parece ser um tipo de magia usualmente praticada do topo de seiðhjallr, ainda que ocorrências são recordadas onde outras técnicas mágicas são usadas. Certamente a seiðhjallr aparece em Laxdoela saga onde Kotkel e sua família usam a plataforma para chamar uma tempestade contra Þórðr (ch. 35). Tempestades não são as únicas forças da natureza que a seið-witch poderia chamar: muitas sagas recontam episódios onde deslizamentos de terra são causados, também uma seið-witch caminhando em círculo no alto de um lugar e cantando ou entrando em um transe (Ellis-Davidson, 36).
VI. Magia e a arte doméstica
Tecido é intrinsecamente conectado com a fé e com a magia na velha literatura nórdica. As deusas de tecidos inspecionavam os eixos e fusos de mulheres do culto doméstico no Midwinter (meio-inverno), recompensando as famílias de industriosos fiadeiros com boa sorte, e fiadeiros maldosos com desastres por todo o ano que chegava (Motz, 152, 154), então a industrialização de tecidos das mulheres de uma casa influenciava diretamente a sorte de sua família. As Norns são ditas fiadoras do wyrd do homem.
A crença que o destino de uma criança poderia ser feito, ou alterado, ou de forma irreparável danificados por estes tecidos era persistentes, incorporados nos contos infantis, assim como Märchen de Bela Adormecida. Esta crença conduzia rituais executados por mulheres suecas, que no sétimo mês de gravidez extraiam sangue de seu dedo com uma agulha de costura, e usava para marcar símbolos protetores numa tira de madeira. Então ela girava na madeira os três pedaços de fio de linho, os quais eram tingidos de vermelho, preto e um solto branco. A tira de madeira era queimada, e as cinzas misturadas com hidromel ou cerveja. Um fino galho queimando no fogo era usado para queimar dividindo sete polegadas de comprimento de ambos fios de linho, os quais eram então cozidos em água salgada e deixados para secar na floresta sobre um galho de uma árvore por três dias. Estes eram então envoltos em fios limpos e guardados até o dia do nascimento. A corda branca era usada para laçar o cordão umbilical do recém-nascido. O vermelho era laçado ao redor do pulso do bebê como um amuleto protetor, algumas vezes pendurado com uma conta para repelir “olho gordo”. E a preta, simbólica da morte e má-sorte, era queimada e as cinzas enterradas. Freqüentemente após o nascimento era enterrado debaixo da árvore sobre a qual os fios de linho foram secados.
Túmulos de mulheres germânicas sobre o Continente e túmulos de mulheres Anglo-Saxônicas e Danelaw Inglesas freqüentemente eram grandes, um tanto aplainado, pedras de cristais complexas pentagonais astrágalos buracos desproporcionalmente grandes os quais têm sido interpretados como um eixo que regula a velocidade da roca (de fiar). Assim como o eixo daria um arco-íris brilhante, agindo como um prisma onde dilataria na luz do sol. Eixos para fiar feitos de âmbar e de azeviche são também encontrados no contexto Escandinavo e Anglo-Saxônico: azeviche era considerado como “âmbar negro” e daí sagrado para Freyja, como era o âmbar verdadeiro, como lágrimas da deusa, e ambos os tipos de “âmbar” são freqüentemente usados como amuletos. Como bem para “tecer um encantamento” do que com um eixo para fiar feito de cintilante pedra de cristal, ou das próprias lágrimas da deusa? (Meaney, 78-79)
Não apenas feitiços podem ser girados, mas a mágica pode ser tecida em pano. Os melhores exemplos deste tipo de seidr vem da Saga Orkneyinga, onde Helga e sua irmã Frakkok teceram uma camisa de um linho branco fino, bordado com linhas douradas, e impregnadas com mágicas venenosas e mortíferas, destinadas ao irmão de Earl, Paul. O filho de Helga, Earl Harald de Orkney, encontrou a camisa e quis pegá-la pra ele, no entanto...
as irmãs pularam sobre ele, puxaram seus cabelos e disseram que se ele colocasse aquela vestimenta sua vida estaria em risco. Embora elas estivessem em lagrimas, ele não permitiu que elas o impedissem, mas não tão breve estava a vestimenta em suas costas e sua carne começou a queimar e ele entrou numa terrível agonia. Ele teve que ir pra cama e não muito tempo depois ele morreu. --Orkneyinga saga, ch. 55
Tecelagem mágica pode ser usada para ajudar ou para ferir. Muitas vezes roupas estão ligadas magicamente a tecidos de proteção. Essas roupas são chamadas de gørningstakk ou camisas de bruxa, e exemplos podem ser encontrados na saga Eyrbyggja quando Katla tece uma camisa a prova de ferimentos para seu filho Odd (ch. 18), na saga Vatnsdoela, onde a Ljót tece uma pro seu filho Hrolleifr ch. 19), assim como muitos outros lugares na literatura nórdica. O motivo é também conhecido na Finish Runnos, onde uma mãe veste uma camisa mágica que é a prova de ferimentos e metais mortais.
Um famoso tipo de tecido usado como proteção foi o Raven Banner (Bandeira do Corvo): esta bandeira foi recordada por ter sido carregada por Danes atacando a Bélgica e o norte da França no século 9 e 10, assim como os Vickings abaixo Sigfried nas ilhas britânicas em 878, e os manuscritos islandeses do século 12 e 13. A Raven Banner foi encontrada conectada a Sigurðr Hlöðvisson Dyri (O Corpulento), Earl de Orkney, ou com o rei Harald de Noruega. Em todos esses contos, a bandeira mágica tinha um poder para aterrorizar, a barra da bandeira que no descanso parecia ser branca tornava-se preta em batalha. Ou a figura de um enorme e negro corvo em batalha aparecia no tecido branco, o qual era visto em suas asas deslumbrantes mágicas. A bandeira mágica sempre é tecida pela mãe ou irmã do guerreiro em questão, com o tecido mágico feito para proteger o filho ou irmão. A vitória era sempre assegurada àquele que carregava a bandeira, mas o portador da bandeira era freqüentemente condenado a morrer em batalha. (Orkneyinga saga, ch. 6, 11, 14, 17; Njáls saga, ch. 157; Lukman, 135-150).
Comentadores cristãos eram contra este tipo de tecelagem mágica. Eligius de Noyon pregou que nenhuma mulher deve jamais nomear o infortúnio de outra pessoa através do tear, ou tintura, ou qualquer tipo de trabalho com têxteis enquanto o Corretor de Burchard de Worms, ca. 1010, designou a seguinte pena para tecelagem mágica:
Você esteve presente ou consentiu com as atividades que as mulheres praticam em seu trabalho de crochê, na tecelagem, quem quando começou sua tecelagem esperava ser capaz de carrega-la com encantamentos e com suas ações que as linhas da urdidura e da lã se tornam conectadas que ao menos que alguém faça uso deste diabólico encantamento, ele irá perecer totalmente? Se você esteve presente ou consentiu, você deve cumprir a pena de 30 dias a pão e água. (Meaney, 185).
As cores vermelho e azul foram consideradas especialmente mágicas, e roupas dessas cores foram prezadas por esticar infusões medicinais. A palavra holandesa toverij, a alemã zauber, e do velho inglês teafor todas significam mágica e estão relacionadas a palavra Norse taufr, usada como um amuleto ou talismã: todos esses termos são derivados de uma raiz germânica que significa “vermelho” (Storms, 102-103). Linha vermelha foi usada em aplicações mágicas, sendo usada para ligar o cordão umbilical do recém nascido, ou para laçar pacotes de ervas para um corpo aflito para encorajar uma cura mágica.
VII. Magia e Cura
Nas sociedades pagãs, mágica pode ser aplicada não apenas para técnicas medicas como para curar o corpo, mas são freqüentemente a primeira opção de tratamento para doenças mentais. Curar foi uma parte importante dos deveres mágicos das mulheres nórdicas (Steffensen, 192). Þuríðr in spaka (a sábia), também conhecida como spa-kona, curou os ferimentos de dois homens feridos em Hólmganga (a forma Norse de duelo) (Steffensen, 188). Pedras amuletos de cura foram conhecidas na Islândia, sendo parte da pratica de um curandeiro, geralmente uma mulher. Grágás states:
‘Pessoas não fazem coisas com pedras ou preenchem seu poder mágico com a idéia de amarra-las nas pessoas ou animais domésticos. Se as pessoas colocam sua confiança em pedras para assegurar sua própria saúde ou de seu gado, a pena é menos severa’ (Christian Law, §7).
Outras fontes norse mencionam pedras da vida, pedras que curam, pedras que facilitam o nascimento, pedras que estancam o sangramento, que causam a sensação de invisibilidade, e pedras que podem realizar desejos. (Meaney, 102).
O colocar de mãos foi conhecido para mulheres na Escandinávia como uma técnica mágica. Geralmente esta forma de diagnostico era executado pela mãe de um homem que tocaria seus filhos antes de irem pra batalha, e saberia como um resultado de ferimentos que os homens iriam receber. Outra técnica de cura mágica foi usada, mas contos de mágicas de cura são raros nas sagas. Outras curas incluem Grima o Greenlander de Fóstbræðra saga e Heiðr de Biarmiland em Haralds saga hárfagra. O colocar de mãos combinado com runas é mencionado no Sigrdrífumál.
VIII. Mulheres e Mágica em Danelaw
Na Inglaterra anglo-saxônica no século 9 e 10, existia uma forte tradição na Danelaw da mulher praticante de arte mágica pagã. Comunicação constante entre Danelaw e Escandinávia causaram grande preservação da pratica do paganismo em outras partes da Inglaterra. Existiam mulheres cujo são wyrtgælstra, que cantam galdor sobre ervas (Crawford, 105). Homens da igreja depreciavam a pratica de mulheres fazerem poção mágica de amor.
“Praticas que concernem ao amor de qualquer homem, ou dar a ele numa comida ou numa bebida ou galdor-craft de qualquer tipo e então por causa disso, o amor torna-se maior” (Crawford, 111).
Ælfric contra as mulheres que ensinam a adoração de arvores, pedras e poços, quem criou poções e interpretou sonhos (Crawford, 111). Mágica maléfica foi feita estacando uma imagem com pinos de aço para causar danos a uma pessoa depois que sua imagem era modelada.
E uma viuva e seu filho tinham previamente perdido a terra em Ailsworth porque eles dirigiram estacas de ferro no pai de Wulfstan' e isso foi descoberto e a imagem mortal foi tirada de seu armário. (Crawford, 113).
A spae-wife não era ausente na Inglaterra Saxônica, uma ou outra, para os estados penitenciais cristãos:
“Se uma mulher faz profecias e encantamentos através de meios diabólicos, ela é punida por um ano, ou 40 massas, 40 dias, com a punição proporcional a culpa.” (Crawford, 107).
Beijos, beijos
Hedra |
posted by iSygrun Woelundr @ 4:40 PM |
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